terça-feira, 4 de setembro de 2012

Aparências: Gracinda Rosa

Elza cumpria sua obrigação diária de uma caminhada pela praia, antes das dez horas, segundo recomendação médica. Para se expor melhor aos benefícios dos raios solares, vestia apenas um biquíni. Numa sacola a tiracolo, levava a canga e as sandálias de dedo que usava no trajeto de ida e volta, entre a casa e a praia de Icaraí. Caminhava solitária, percorrendo toda a orla, desde o Canto do Rio até as proximidades da Pedra do Índio. Dali voltava, sempre na faixa em que o mar se encontrava com as areias. A água fria molhava seus pés e respingava pelas pernas, refrescando-as gostosamente, naquelas manhãs quentes do verão de Niterói. Era agravável andar pela praia, podendo observar a paisagem tão bela que se oferecia a seus olhos. Para além do mar, do outro lado da baía, está o Rio de Janeiro, com o recorte de seus morros, onde se destacam o Corcovado e o Pão de Açúcar. Do lado de cá, temos o longo contorno das praias e, onde elas terminam, na elevação que conduz à Boa Viagem, a imponência do Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

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